10/22/2007

Decidi telefonar ao número proibído.
Maldição decretada e não instituída, resquício de um pútrefo coração ardido e confinado entre farpado e tetânico arame.
Ainda era cedo, o suficiênte para irritar a preguiça mal feita.
Enfim, os dedos deslizaram pelas teclas lentamente um-a-um, e o tempo não parou.
O sinal sonoro da chamada parecia acelerar, na mesma velocidade em que o coração queimava adrenalina e pulsava na minha boca.
A preguiça - gorda - atendeu.
Eu apenas disse:
- Bom dia Fulaninha.
Ela desligou na minha cara.
Normal, até aí tudo bem, o que não está bem é o gosto amargo e o medo que sinto ao telefonar, pois nunca sei qual será a reação, nunca sei o que podem fazer com o inocente coração.
Enfim...
Insisti!
Tantas vezes quantas foram necessárias para ser ouvido pelo inocente coração, para ouvir suas batidas, mesmo que controladas por tecnológico marcapasso.
Falei, falei, falei, falei...
...infelizmente o coraçãozinho não se abriu todo...
...não sorriu como antes...
...não gritou como gritava...
...não falou como falava...
...não brincou como brincava...
...mas disse sentir saudade...
Tenho fé no caminho sem falsas doutrinas ou influ-conveniências.
Sou honesto e tenho orgulho disso!
Desejo todo o bem que se possa desejar ao pequeno coração inocente e influenciado, desejo que os sonhos possam revelar a verdade e que assim, a Conexão se Faça, Entre Criatura e Criador.

Sejam sempre em paz!

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