12/13/2017

Papagaio de Pirata


Há sempre oportunidade de aprender mais... Para além do que "a gente" diz saber, pelo que viu apenas uma ou poucas vezes na vida, ou pelo que as vezes nem viu, mas “acha com certeza” sem se aprofundar muito no assunto antes de abrir a boca para falar...

Mas a história é rica em fatos que moldam nosso caráter... nossa sociedade... e ajudam a apontar caminhos para “a gente” interessada em aprender e emitir opiniões uteis, em vez de repetir discursos como um “papagaio de pirata”.

Entre os fatos mais marcantes, que nos servem de referência, para além do estupro dos recursos naturais no que hoje é o Brasil, “talvez”... o genocídio dos nativos, a escravidão dos africanos e a imigração estrangeira tenham sido as mais cruéis para a nossa sociedade.

Nesse contexto, quem manejava o timão? Quem dava as cartas? Quem dava as ordens?

Sempre quem manejou o timão dessa nau Brasil foram ricos e poderosos fazendeiros, coronéis, políticos, playboys, ruralistas, militares...

Por exemplo, com o fim da escravidão – e o Brasil foi o último país a abolir essa desgraça – o governo tinha a oportunidade ímpar de ajudar os escravos a melhorar sua vida, distribuindo terras e ofícios, mas não... a intenção era “embranquecer” a sociedade e, por isso, estrangeiros foram chamados para lavrar a terra e ocupar os espaços.

Enquanto isso, os negros, os nativos, os pobres não recebiam apoio para nada! E assim nasceram as favelas, os cortiços e as periferias urbanas.

O timão da nau sempre esteve na mão da UDR e ainda hoje está e suas práticas são as mesmas de antes... extermínio, expulsão, chacina, morte... só desgraça!

Mas desgraça tem em toda parte, pois não existe revolução com amor nem com flores.

Recentemente estive no Maranhão, onde conversei com pessoas que lutaram pelo direto a terra que já ocupavam há décadas, mas que um belo dia, apareceu um “dono da terra” com papéis que “comprovavam” a propriedade.

E assim começou a guerra entre os fazendeiros de fora com seus papéis do governo e os agricultores familiares posseiros, sem papéis, sem direitos, sem apoio... sem nada...

Para elucidar melhor esta linha de pensamento que provoco aqui, sugiro que assistam o vídeo que conta a história da Dona Raimunda Quebradeira de Coco. O vídeo está dividido em 4 partes:

Parte 1: https://www.youtube.com/watch?v=T86hl-CIhTA


Parte 2: https://www.youtube.com/watch?v=PNonQv5baSI

Parte 3: https://www.youtube.com/watch?v=Z3CMfVUGyDM

Parte 4: https://www.youtube.com/watch?v=AnZyEjkOsqY

Para quem não puder ver tudo, na parte 01, o trecho mais ou menos entre os minutos 10:00 e 11:20 mostra um pouco como operava O Estado, na época, pela mão do GETAT.


Abaixo a UDR!
Viva Padre Josimo!
Viva a Reforma Agrária!
Palavras brotam
De um mesmo sentimento
Não resolvido
E que se firma sem jeito

Mas ainda desejo
Sem pensar mais quando
Sem esperar mais nada
Certo que agora não

Desistir é tão triste
Persistir também
Acreditar é frustrante
Esperar não faz bem

E assim, pacientemente
Por fora, tudo bem
E por dentro é triste
A falta que faz um bem

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