10/09/2015

Vamos juntos para qualquer onde
Tantas vezes quanto existir vontade
Nada importa

Que os passos sejam gozo
Que se faz na aventura da caminhada 
Seja como for

Façamos tempo onde não houver 
Para que os segundos sejam
Sem limite

E quando não mais houver vontade
Façamos tudo de novo
Com capricho


10/06/2015

Eu voltei ao sonho de adereços, estrelas cadentes e igarapés ao relento
Eu vi tudo de novo, eu senti tudo outra vez
E não entendi nada, nem porque de tamanha ilusão

A lua cheia clareava a noite sem lâmpadas
Os sapos cantavam alto, como nunca
E no auge daquele momento, o eclipse começou

O vento parou, a água do lago congelou
Por alguns instantes nada se ouviu
E a noite clara se fez em treva novamente

Na escuridão eu imaginei coisas
Na escuridão eu encontrei respostas
Na escuridão eu entendi tudo

Panelas foram batidas e salva de tiros saudaram a passagem
Ladainhas enfeitiçaram a noite-dia
E depois novamente clareou a liberdade

Eu vi novos sonhos e teci novos adereços
Eu contei novas estrelas 
E mergulhei no igarapé ao relento

Eu me despi de roupa e pudor
E a água fria não se percebia
Foi como estar diluído na imensidão

Quando levantei, percebi que pouco importa
Intuição é só um dos caminhos no labirinto
De incertas possibilidades remotas

É preciso aliar coincidência, destino e intuição
Sem esperar nada do futuro
Que guarda muito mais incerteza que minha vontade própria

O eclipse mostrou isso
A noite-dia que se apaga e novamente acende
Dia e noite sem fim na trama universal

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