4/30/2018

Certeza

Todas querem que dê certo
E todos querem também
Mas o que é certo
E para quem?

4/17/2018

Somos paranoicos
Feridos por nossas próprias mazelas
Vou pela crença de que não existe acaso
E neste caminho incerto me perco de propósito
Pois sou curioso e quero esclarecer tudo
Sonhei que ia para a Lua!

Foi muito real e parecia um passeio de carro, mas estávamos voando e não era em uma nave. Não havia uma estrutura de transporte. Voávamos com nossa própria vontade.

Havia um guia que era meu amigo, mas não consigo lembrar quem era. Mas lembro muito bem do passeio, das crateras, do ambiente...

Víamos tudo de cima, havia estruturas, como uma base complexa, funcionando, com pessoas caminhando, todas vestidas em uniformes.

Lembro muito bem dos veículos passando, da bandeira americana, de uma usina de energia com seus cabos espalhados para todo canto, e um conjunto de casas, uma do lado da outra.

Tudo era hermeticamente isolado, pela falta de oxigênio, mas eu e meu guia não usávamos equipamento para respirar.

De repente, mudou tudo. Parecia que já estávamos em um outro lugar, mas ainda na Lua, porém com uma atmosfera com oxigênio, céu azul, casas e plantas como na Terra.

Eu perguntei para meu amigo que lugar era aquele e ele não dizia nada.

Ai apareceram umas palmeiras enormes, pelo menos 3 ou 4 vezes maiores que seus equivalentes na Terra.

E eu ficava surpreso e dizia: Olha, tem palmeiras aqui! Tem jerivá e coco-de-água!

E aí, em um dos coqueiros-de-água havia um bicho muito diferente. Parecia como um gorila, só que muito maior que qualquer gorila que eu já vi. O corpo era de gorila, mas a cabeça parecia de um papagaio. Ele estava trepado no alto do coqueiro comendo coco. Em vez de pelos ele parecia ter penas – não tenho certeza – e era branco... tão branco que cintilava com a luz do Sol. Foi uma visão fantástica! O bico era claro e o olho laranja.

Neste momento, parecia que realmente estávamos em um carro, pelas ruas de um condomínio de casas muito bacanas.

Entre as casas que pareciam como essas casas boas de condomínio de alto padrão, algumas eram muito diferentes. Uma arquitetura que eu nunca vi, e que lembro bem, mas não saberia descrever em palavras. Parecia um pouco com uma árvore sem folhas, mas de um material diferente...

Seguimos até uma das casas onde uma galera nos esperava com um churrasco. Todos estavam com suas taças de cerveja e brindaram com nossa chegada. A casa era muito bonita e tinha um jardim muito legal na entrada.



E ai eu acordei...
Eu tenho uma ira que alimentada é capaz de engolir planetas!
vou escrevendo o que vier
as vezes uma torrente de desvario me toma conta e despeja sentimentos pesados e descontrolados
parece que alguém grita com ódio dentro da minha cabecça
é muito estranho, da um certo medo e receio
é muito forte e do lado esquerdo do meu cérebro
quando acontece parece que fico "panguando"
minha reação sempre foi de relaxar e desfocar
mas dessa vez estou deixando fluir para sentir o que acontece
inércia pode fatigar, enjoar... ser uma impaciência só
dependendo de quem observa e do que pré-conceitua
a pressa só adianta o inevitável, não há o que impeça
seja lento ou rápido de acordo com a escala e o processo
Não tentarei entender e tentarei não interferir.
"Incompreensível" talvez resuma a situação, pelo menos do meu ponto de vista.
Não é assim tão fácil deixar o vento guiar o rumo das coisas.
Brincadeiras da vida... esses pontos finais esquecidos, essas aspas sem sentido, esses acentos que faltam...
Corrigir é humano, por mais artificial que seja a solução.
Interferir no rumo do vento ajuda a corrigir a trajetória, para seguir contra a maré e as ondas que vêm sem prosa.

Desregrada vida

Vida desregrada pulsa feroz em mim
Impune aos olhos conservadores
Moral e bons costumes nunca vi
Mas guardo respeito e alguma palavra maldita
Exceto por uma língua afiada
Não trago objetos cortantes
Não falo sério aos títeres
Exceto por alguma conversa fiada
É preciso provar!
Só assim é que se tem uma dimensão real do gosto.
Gil já disse: "Pois na boca provou, cuspiu. É amargo não sabe o que perdeu".


O conflito eterno do terno eu nem quero
Certa vez - faz tempo - comprei um
Usei pouco mas usei, é certo
O uniforme do sistema comum
O padrão pingüim serve aos saxões
Não para mim, sou tupiniquim
Meu uniforme é sol no pêlo e só
Sem ar condicionado, casa aberta, simples assim
A pompa não combina com os trópicos
Aqui reinam biquini, calor e água de coco



o raio cai...
A sequência é incrivelmente mágica...
A luz e o estalo do raio
O estrondo, os gritos e o silêncio
Atônito, um menino pergunta: Você viu mãe?
Me impressiona o estalo antes do estrondo, me impressiona o rasgo...
Parece mesmo que o raio rasga dividindo o céu...
As vezes eu me perco da poesia
Os versos fogem 
E a inspiração nem sequer suspira 

O escuro do quarto e seus efeitos

O escuro do quarto esconde
os olhos do imaginário
o sonho esquecido e os desejos
Não há oxigênio que baste
para preencher o vazio
onde bailam as borboletas
A fumaça que entorpece os sentidos
inspira e estimula
suspirantes sentimentos
A chuva fria não basta
para matar o calor
ou o riso fácil e sincero
O tempo não vence 
o efeito perpétuo
dos corpos satisfeitos
O caminho se faz saudoso
do início ao fim
dos tempos

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