12/20/2014

Muito diferente

Eu sou muito diferente
Me sinto diferente
Eu não me enquadro
Eu não gosto das coisas como elas são
Esta realidade não me satisfaz hoje
Eu não quero mais
Eu quero melhor
Sou um estranho
Em um mundo de estranhos, todos iguais
Minha cabeça explode ideias e pensamentos
Minha fraqueza não concretiza nem acompanha
Ouvi tanto que não não não e mais não 
Que acostumei
E sempre digo sim sim sim!
E as vezes me ferro
Com frequência me ferro
E nunca desisto
Mas começo a considerar
Desistir as vezes pode ser bom
Não dou conta
Sou muito diferente
Me sinto muito diferente
Sinto coisas ao meu redor
Sinto que não deveria falar sobre isso
Mas não consigo
Sou muito diferente
Sou feliz assim
Ao menos enquanto der conta
Necessito de ajuda para compreender 
Pois sou muito diferente

12/19/2014

raiz

O
mal
se
corta

O
bem
se
cultiva

desde a raiz

12/16/2014

Políticos discutem as mudanças climáticas
Água limpa entra, água suja sai
Paulistas discutem seca trágica
Dos céus nem ácido mais

Alagados da Cupecê
Depois da tempestade
Sonham com Trenchtown
Com sede, implorando um gole

"E o rio de água cinzenta
Corre, empurra, rasga e roça"

E a Billings 
tal qual latrina
Servindo o Pinheiros
Que outrora vivia

Do alto reinando
Preso ao corpo fétido
Vertendo o chorume
Para o próximo

12/03/2014

Há algumas noites, na Lua negra passada, sonhei com uma praia que parecia no Mentae, mas era mar. Como se a Bacia do Arapiuns fosse no litoral e as águas salgadas.
Parecia que eu estava em cima de um edifício. Haviam vários edifícios na orla, do lado que eu estava.
À direita, a praia formava uma baia que do outro lado só tinha floresta.
Não lembro o contexto, mas no meio da conversa eu me surpreendia com uma orca nadando no canto direito de onde eu estava. Fiquei tão surpreso que parei o que estava fazendo e comecei a gritar: Olha a orca! Olha a orca!
Ninguém deu importância.
Fiquei ainda mais exitado quando percebi que a orca trazia em seu dorso, um porco enorme!
Ela foi nadando até a praia do outro lado da baia, onde havia a floresta e quando encostou na areia, a porca desceu e começou a caminhar.
Ao tocar na areia, notei que havia algo estranho no horizonte... sempre o horizonte...
Eram três araras! Tão grandes quanto edifícios de 20 andares!
De cores que eu não sei explicar.
Elas vinham lado-a-lado caminhando. E quando chegaram na praia, uma música muito louca começou a tocar e parecia que todos os bichos do mundo haviam chegado para uma festa.
A porca dançava, as araras cantavam, o orca pulava na água e na areia havia toda qualidade de bicho curtindo!
Só não tinha gente.
Todos estavam do meu lado da baia, mas parecia que só eu notava ou me importava com aquela festa.

9/28/2014

Tem muito leão para pouca selva
Tem muito ladrão pra pouca cela
A competição na velo, não espera
Passa por cima, sorri e reclama

Tem judiciário, para julgar
Ou judiar, dependendo do azar
Tem trabalha-a-dor
E analgésicos pra curar

Tem advogado para aliviar
Tem dinheiro de campanha para endossar
E desculpas mil
Para desacreditar
As coisas boas da vida nunca podem ser uma super-dose.

Por isso não se deve comer uma lasanha inteira sozinho, de uma vez.

Porque comer toda ela de uma vez quando se pode degustá-la por toda a vida, de quando em vez...?

Por isso sempre encontramos um novo amor-da-vida...

Pois é bom dizer "eu te amo", honestamente, mesmo já tendo dito isso para outras pessoas, várias outras vezes, "honestamente"...

Por que ter coma alcoólico quando da só pra ficar alegre?

Não existe vício. Existe ilusão.

A ilusão de crer que o álcool vai curar, que a cocaína vai desinibir, que a bala vai te fazer dançar, que sem essas coisas você não consegue.

É tudo mentira.

Não é preciso ter tudo-ao-mesmo-tempo-agora... É essencial-ter-tudo-aos-poucos-pra-sempre.

Hoje casulo, amanhã borboleta, ovos, morte e larvas...

Para que um sorriso falso, um abraço frio... falsidade.

Seja verdadeiro, fale na cara pois é melhor magoar com uma verdade que se enganar por toda uma vida.

Coisas ruins podem parecer uma super dose, mas seja honesto hoje.

Sim! Seja mau! Se assim julga quem ouve.

Desde que seja verdade!

E sorria amanhã para poder olhar na cara das pessoas e poder pedir desculpas por ter magoado com a verdade.

As coisas boas são melhores aos poucos...

Um pouco hoje, outro pouco semana que vem e assim vamos levando.

Um gole de cada vez.
02/07/2006

9/22/2014

Desejos sem futuro

Falsidade do caralho!
Odeio!
E não é por desejo ou ciúme, até porque se é pra enciumar, eu sou bom nisso.
Mas não é o caso.
Falsidade do caralho!
Não me anima interação e me da pena.
Tentar manipular meu andô...
Não sou títere!
Falsidade do caralho!
Cega, encabestra e ilude
A ponto de fraquejar
Falsidade...
Seja desgraça longe
E quando acordar da ilusão
Pense duas vezes antes de querer trocar
Pois vai ouvir
Ahhh... Vai!
Mas tomara que eu esteja errado.

9/21/2014

Fraca

A amizade vale tanto quanto pouco pranto por nada, quando combina rabo de saia, álcool e mente fraca!

9/20/2014

Sem fiança

Mentira é fio roto em malha nova
Desgasta e tora em fiapos de dúvidas
Que a gente puxa e desfia
Desfazendo a trama

8/07/2014

Manipulação

Gente manipuladora
Tem água na boca
Por prazeres excusos
Exóticos antropofágicos

Degustam tramas
Projetam títeres
Em tudo e todos
Conforme seus interesses

8/06/2014

Eu acho...

Não é fácil comunicar com humanos. Precisa ser muito claro, objetivo... E principalmente aceito.
Eu não sei comunicar por que me confundo e acho demais
sobre o que nem sei.
Sinceridade? A quem interessa?
É difícil manter a linha, quando gostam mais de ilusão que realidade.

6/29/2014

Apenas idéias

Eu sempre tive muitas ideias... apenas ideias
Em nenhum momento eu disse que tive ideias boas

Isso Me faz lembrar de um poema antigo

Em que eu só penso, penso, penso, penso...

Cada ideia

Me dá logo vontade de fazer
E como são muitas ideias
Há sempre muito para fazer

Tem o que seja rapidinho

Tem o que demore um pouquinho
E assim vai uma atropelando a outra
Eu não disse que são ideias boas

Ideias tem vida

Ideias não tem propriedade
São como sementes
Cultivadas pela existência

Livres para ser

Independente de patente
Alimentadas pela cooperação pró-vida
e de tudo o que acontece

Ideias são partilhadas no plano espiritual

Por isso inovações surgem
Em pontos em localis totalmente distantes
Ao mesmo tempo

Não se pode prender uma ideia

6/23/2014

Eu era mais feliz jogando bola
Eu era mais feliz cantando rap

5/30/2014

Os compassos do contratempo

Noite passada sonhei que estava em um lugar que tinha um igapó e não me lembro o que acontecia lá, mas acontecia muita coisa importante e de repente o sonho mudava e ai vem a parte que eu lembro mais...

Do igapó eu estava a caminho da casa de xuxu, e quando cheguei, vi xuxu discutindo com alguém. Quando eu chegava perto ela começava a brigar comigo também. 

Eu fiquei muito chateado com isso e fui embora... Enquanto caminhava parecia um aeroporto... Parecia Guarulhos, tinha muita gente e eu encontrava com o Fernando Meirelles e conversava com ele e enquanto caminhávamos eu lembrava de xuxu brigando e isso me chateou de novo.

Aí eu lembrei que tinha que encontrar minha mãe. Ela estava me esperando em um lugar que parecia uma loja de jóias... era muito chique, mas na verdade era um banheiro público. Tinha uma privada do lado da outra, sem paredes e todo mundo cagando lá. Tinha numa vitrine e todo mundo olhando o povo cagar. 

Lá encontrei minha mãe sentada cagando e eu sentei em uma privada ao lado dela para conversar. Ficava todo mundo olhando a bunda de todo o mundo e aí eu levantei depois que terminei e conversar com minha mae e vi que xuxu estava atrás de mim, na vtrine, rindo da minha bunda. 

Primeiro eu pensava que ela ia brigar comigo, mas depois percebi que ela tava era rindo mesmo porque eu estava cagando... ai fiquei chateado com isso e fui embora.

Quando sai do banheiro, segui no corredor para a esquerda e de repente algo explodiu bem alto, denso... bem real...

Começou uma correria e meu óculos caiu no chão. O povo começou a correr desesperado e ai eu pensei "não vou correr não... porquê correr?" e fui na direção do barulhão.

No caminho abaixei pra pegar meu óculos e quando levantei a cabeça, no saguão do aeroporto havia um piano branco e em cima do piano um equipamento que parecia uma panela elétrica dessas de fazer arroz.

Atrás do piano estava o Juca Chaves e ummonte de gente em volta, pra consertar o equipamento que havia explodido. Parecia algo muito importante. Ninguém me notou...

Ai eu perguntei "Juca o que tá pegando?" 

E ele disse algo que eu não entendi, mas que tinha alguma coisa a ver com a música popular brasileira;

Eu insisti e novamente nao entendi a resposta...

Ele ria, e rindo ele falou algo de uma música que eu não entendi...

E mais uma vez eu perguntei o que ele queria dizer e ai ele disse...

"São os compassos do contratempo"!

E eu acordei...

5/19/2014

Faroeste Brasília

Hoje eu assisti Faroeste Caboclo...

Fazia muito que eu não me sentia tao mexido com um filme.
A história é muito louca, e que se dane a música...
Arte é arte... não tem explicação. 
Cada um entende como bem quer.

Aí eu fiquei pensando no porque me sinto tao melancólico, triste... coração partido...
A história não tem nada a ver comigo, mas o filme mexeu na minha cabeça e no meu coração.
Mas porquê!?!
Será o racismo? 
Ou a injustiça? 
Os playboys folgados?

Não... não é nada disso...

Na real é Brasília mesmo, e o simples fato de vê-la do jeitinho que ela é, sem tirar nem por.
Aquele estilo de vida e as lembranças que vem... as festas, as pessoas, as ruas desertas, as mansões, as superquadras, o frio, a seca, o lago... tanta coisa...

E tem mais...

Foi eu ou foi o destino?
E se eu tivesse feito diferente?
Mudava meu caminho?
O sonho virava destino?

O fim não é quando a estrada acaba!

Namastê

5/13/2014

Ha um lugar em meus sonhos que eu sempre visito. Parece um manguezal com casas simples na terra firme, tipo o Jardim Rabio Clube, na divisa de Santos com são Vicente, mas não tao urbanizado... como se fosse, na verdade, em Bragança do Para.
Ontem eu voltei la e visitei a família que sempre me recebe. Eles moram em uma casa simples de periferia... alias, no sonho todas as casas são simples, e algumas bem mal feitas e sujas... como em uma favela.
Dessa vez havia uma obra e em um momento no sonho eu fui nessa obra com dois amigos - que não conheço - e la entramos em um elevador.
Ao entrar eu disse que achava melhor não usa-lo pois parecia que iria quebrar ou que não funcionaria bem. Dito e feito, ao apertar o botão a maquina desceu descontrolada. La em baixo havia muita agua suja e o elevador descia para a agua sem que pudéssemos para-lo.
Antes de afundar, a maquina parou e diminuiu a velocidade. Como o elevador era aberto - desses de obra mesmo - conseguimos saltar antes dele afundar na agua suja. 
Escalamos os ferros que sustentavam o elevador ate alcançar o nível da rua, onde haviam algumas pessoas... mendigos talvez... todos homens.
Não lembro bem o porque, mas eu comecei a contar sobre uma noticia que eu li, que encontraram uma bíblia antiga que dizia que Jesus subiu ao céu vivo e que em seu lugar, na verdade, Judas foi pregado na cruz...
No sonho eu sabia que não devia falar isso. Parecia ser proibido, mas eu quis falar. E no mesmo instante que falei, uma forca muito poderosa me puxou pelas costas... me arrancou do sonho. Parecia me repreender pelo que eu falei.

O interessante de tudo e que eu estava todo o tempo consciente. Eu sabia que meu corpo estava dormindo e que meu espírito estava no sonho. Sempre que isso acontece, eu não consigo movimentar meu corpo aqui no carnal, nem falar ou me mover voluntariamente. Mas dessa vez, enquanto a energia tentava me repreender, eu consegui pedir ajuda para escapar daquela situação. 

E assim, no espiritual eu gritei por minha mãe e ao mesmo tempo vi meu corpo gritando na rede e fui despertado pela amiga Edel que dormia na cama ao lado.

Refletindo sobre isso, penso em duas coisas. Uma que eu cheguei bem perto do fundo do poço mas consegui subir e a outra e que alguém muito importante presta atenção em mim e eu não sou tão insignificante assim...


4/02/2014

Pisando ovos

Foi num misto da Artur Alvim que me lembro e uma Brasília que não existe, no contexto da reforma da Opala, que deparei com a preguiça, o negativismo, a inércia e a descrença, de algumas pessoas que atrapalham a minha vida.
Agora nem em sonho estou livre. Como se não bastasse atrapalhar o dia-a-dia, agora também a noite. Mas tudo bem, sou grato pois aprendi.
No sonho eu tentava bater nas pessoas. Foram poucas as vezes que acertei o golpe, e mesmo quando acertei, as pessoas não sentiram nada, nem se moveram ou se importaram... 
Era com se eu não estivesse lá.
Tinha gente falando de mim pelas costas.
Tinha gente atrasando meu caminho.
Tinha gente querendo me agredir.
Tinha gente tentando me enrolar.
Logo eu que falo direto, na cara.
Logo eu que tento não atrasar a vida dos outros.
Logo eu que não enrolo pra fazer as coisas.
Logo eu que tento não enrolar os outros.
Estou a cada dia mais cansado e certo que não quero gente assim perto de mim, e isso é bom, porque para cada peça há um encaixe e por mais que queiramos, mesmo fazendo ajustes, o que não foi feito para ser encaixado, nunca terá um encaixe bom... quem dirá perfeito.
Por isso, desejo que a guia que me faz perder o rumo, me ajude a desviar dos caminhos tortos pois preciso de um caminho mais seguro para esmagar os ovos.

3/27/2014

Ideologia

Ideologia é um termo que possui diferentes significados e duas concepções: a neutra e a críticaNo senso comum o termo ideologia é sinônimo ao termo ideário, contendo o sentido neutro de conjunto de ideias, de pensamentos, de doutrinas ou de visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticasPara autores que utilizam o termo sob uma concepção crítica, ideologia pode ser considerado um instrumento de dominação que age por meio de convencimento (persuasão ou dissuasão, mas não por meio da força física) de forma prescritiva, alienando a consciência humana (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia).

2/24/2014

Sobras

Dinheiro não me move, nem condiciona minha intenção.
Condiciona sim meus limites, mas meu céu não é tão alto assim... meu gozo é o trabalho e as possibilidades que ele me proporciona.
Por isso minha indiferença frente às propostas...
Por isso minha satisfação quando endurece o riso de quem, ao me oferecer, percebe que eu não me comovo.
Meus olhos nunca brilharam com as cifras... 
Talvez porque nunca tenha me faltado tanto e talvez eu até precise passar por isso de novo.
Eu gosto de dinheiro, gosto de comprar coisas e compraria muitas coisas, se o meu céu fosse mais alto, mas não é assim que almejo riquezas.
Eu não trabalho para ser rico, eu sou rico com o trabalho que tenho e dele, qualquer que seja, tirarei minha felicidade do tamanho que me for concedido.

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