10/09/2015

Vamos juntos para qualquer onde
Tantas vezes quanto existir vontade
Nada importa

Que os passos sejam gozo
Que se faz na aventura da caminhada 
Seja como for

Façamos tempo onde não houver 
Para que os segundos sejam
Sem limite

E quando não mais houver vontade
Façamos tudo de novo
Com capricho


10/06/2015

Eu voltei ao sonho de adereços, estrelas cadentes e igarapés ao relento
Eu vi tudo de novo, eu senti tudo outra vez
E não entendi nada, nem porque de tamanha ilusão

A lua cheia clareava a noite sem lâmpadas
Os sapos cantavam alto, como nunca
E no auge daquele momento, o eclipse começou

O vento parou, a água do lago congelou
Por alguns instantes nada se ouviu
E a noite clara se fez em treva novamente

Na escuridão eu imaginei coisas
Na escuridão eu encontrei respostas
Na escuridão eu entendi tudo

Panelas foram batidas e salva de tiros saudaram a passagem
Ladainhas enfeitiçaram a noite-dia
E depois novamente clareou a liberdade

Eu vi novos sonhos e teci novos adereços
Eu contei novas estrelas 
E mergulhei no igarapé ao relento

Eu me despi de roupa e pudor
E a água fria não se percebia
Foi como estar diluído na imensidão

Quando levantei, percebi que pouco importa
Intuição é só um dos caminhos no labirinto
De incertas possibilidades remotas

É preciso aliar coincidência, destino e intuição
Sem esperar nada do futuro
Que guarda muito mais incerteza que minha vontade própria

O eclipse mostrou isso
A noite-dia que se apaga e novamente acende
Dia e noite sem fim na trama universal

9/10/2015

Briga

Desde que me lembro, eu sempre briguei pelo que acredito e, as vezes, por besteira sem sentido...
Me lembro bem... 
Quando pequeno eu brigava com minha irmã. Acho que ela, talvez tenha sido a primeira a sofrer comigo. E eu gosto tanto dela. Eu sempre a amei, mas isso nunca me impediu de brigar com ela. Com razão ou por maldade.
Eu também briguei muito com minha Mãe, vocês não tem ideia o quanto. Também briguei com meu Pai, bem menos se comparado com minha mãe, mas foram brigas de rasgar minha alma, por arrependimento. Ele é um homem bom.
Eu me criei em Sampa e tive a grata sorte de viver a década de 80 na zona sul, no Jabaquara, onde eu morava, e na zona leste, em Arthur Alvim, onde moravam meus saudosos avós. 
Quando moleque, eu vivia na rua e na rua eu brigava. Eu brigava principalmente por causa de pipa e futebol. Eram brigas violentíssimas, dadas as devidas proporções e idades. 
Eu também brigava com os "maiores" que sempre tentavam me sacanear por eu ser grande, mas ter pouca idade... por eu ser mais besta mesmo, fácil de enganar e ter medo deles, mais maliciosos... 
Até o dia em que, depois de tentarem me extorquir mais uma vez uma grana que me "obrigavam" roubar da caixinha do meu tio Valentim, eu - possuído de ódio - fui ao bar do meu avô, peguei um taco de bilhar e bati com força em um dos "grandões" que sempre me maltratava, até quebrar o taco e a "corrente de medo" que me prendia a eles e fazia com que eles fizessem o que quisessem comigo. Depois disso, ganhei respeito e, pelo menos na rua 1, em Arthur Alvim, não mexeram mais comigo.
Eu brigava, também , na Zona Sul. Lá tínhamos uma turma grande. Havia sempre alguma confusão na porta de alguma escola, onde sempre era preciso "defender" os amigos. Mas o motivo campeão das brigas era pipa. 
Havia um lema... "Não é meu, não é de ninguém!". As vezes este lema levava a brigas com os grandões e em muitas vezes também resultava em fugas. Sim, quem briga ganha e perde e quando perde é bom fugir para não apanhar tanto.
Eu brigava na escola, com o japa que me zuava, até eu ter malícia suficiente e coragem para colocá-lo no devido lugar. Brigava com os meus amigos por causa de futebol e as vez nem seu porque. Tínhamos essa mania de violência para mostrar que éramos mais fortes e ganhar respeito. Ridículo...
Uma vez, o Elcio, o Grandão, o Edinho, o Henry e sei lá mais quem... me seguiram pra me pegar, mas eu me liguei e fugi, e quando cheguei na esquina de casa fiquei esperando ao lado de uma pilha de pedras. Eles não esperavam isso. Joguei muitas pedras e quando começaram a revidar, joguei uma pedra na casa de uma senhora muito chata e saí correndo. Ela abriu a porta e culpou eles, enquanto eu assistia a tudo de longe. Quem briga tem que aprender estratégia, principalmente quando está em desvantagem.
Eu brigava depois de grande... briguei em desconhecidos na rua... gente que furava fila, gente que desrespeitava idosos, policiais abusados, motoristas loucos... e quem briga apanha e sofre ameaça.
Poucos sabem, mas já me apontaram arma de fogo mais de uma vez e não foi assalto. Em uma discussão com um policial, já me dominaram por desacato, em um rolê na Riviera do Guarapiranga, quase me alvejaram por "ser folgado" ao andar devagar com meu fusca e atrapalhar um bandido que tinha pressa para fugir da polícia.
Eu briguei também no segundo grau. Tanto lá na FECAP, com os bichos folgados, como no Rui Bloem, sem motivo que me lembro... 
Depois, no meu trabalho, em Brasília, eu briguei com os gestores estúpidos e funcionários públicos concurseiros parasitas. Talvez essa seja uma das piores laias para se brigar, pois eles tem regulamentos e políticos que os defendem. Mas que se dane! Quando tenho razão eu brigo. E assim briguei com uma coordenadora que vendia monografia e queria me obrigar a revisar os textos, briguei com uma gestora que queria impor sua vontade sem diálogo, briguei com um velho gestor parasita fantoche do governo que apareceu do nada para acabar com conquistas políticas, briguei com uma funcionária consultora que usou meu CPF para me colocar responsável por um projeto sem eu nem saber do que se tratava.
Briguei também com as mulheres com que tive relação. Principalmente por ciúme e também por acreditar em uma ilusão de relação. Com ou sem razão eu briguei com elas e isso foi um inferno na minha vida. Não pelas brigas em si, mas por minha falta de coragem de não conseguir sair fora em vez de brigar.
Depois de tantas brigas, com tanta gente, continuo brigando. 
Recentemente, em uma reunião em que eu não estava, disseram que eu brigo com todo mundo e isso está ruim para mim. Porque, independente de ser isso mesmo, essa "fama", nesse meio escroto em que vivo, tem me atrapalhado.
O curioso é que muitos me dizem "ainda bem que você briga" porque se não fosse assim, a situação estaria pior...
É isso mesmo! Por isso eu briguei com os sacanas que fizeram um empréstimo no nome de um Senhor comunitários que mal sabe escrever e hoje está devendo R$ 13.000,00 (ele recebe salário mínimo).
Por isso eu briguei com o cara que tentou abusar de uma amiga em uma festa.
Por isso eu briguei com um amigo mentiroso que tentou me manipular.
Por isso eu briguei com a instituição que não me paga.
Por isso eu briguei por ideologia política.
Por isso briguei para receber o que é meu por direito.
Por isso briguei para que o sistema maldito funcione sem pegadinhas.
Por isso eu briguei com tanta gente que nem sei...

Depois de brigar tanto, percebi que hoje eu não brigo mais por besteira ou maldade - não significa que eu seja bom.
Percebi que tenho brigado pelas coisas que acredito. Talvez por isso que algumas pessoas me dizem que estou certo.

Se estou certo ou errado eu não sei.
O que sei é que hoje preciso de ajuda pois não terei mais condições financeiras, a partir da semana que vem, para me manter.
O que sei é que, mesmo tendo brigado tanto pelas coisas que acredito, isso não foi suficiente para garantir minha felicidade.
O que sei é que sem essas condições para no mínimo comer e pagar as PA's eu não terei como continuar brigando pelo destino que Eu escolhi.

E por isso tudo, brigando ou não, não estou feliz...

9/02/2015

Brasa 
Braseiro
Brasil
Brasileiro

Somos o povo que broca, derruba e queima!
E mata seus parentes
Somos o povo que não valoriza escola
E fantasia novela e seção da tarde
Somos o povo que gosta de carro
E atropela ciclista 
Somos o povo que despreza política
E não participa nem da reunião de pais da escola
Somos o último povo a abolir a escravidão
E ainda gostar de piada racista
Somos um povo que não conhece seu país
E já viajou para o exterior
Somos um povo laico
E religiosamente intolerante
Não somos um povo
Somos náufragos, traficantes e degredados 

Brasileiro
Brasil
Braseiro
Brasa

Mora?
Sonhei que estava em uma cidade grande. Parecia São Paulo, mas não era. Uma catástrofe estava para acontecer e eu, com algumas pessoas que não me lembro quem são, tentávamos sair com um carro de uma garagem de um edifício, para fugir.
Conseguimos sair com muita dificuldade pois todos estavam tentando fugir desesperadamente. Lá fora, o mundo parecia ruir e em determinado momento foi preciso sair do carro. Ao sair, o asfalto ruiu e o carro escorregou ladeira abaixo. Eu corri para recuperá-lo lá embaixo.
Havia muita gente, tudo estava molhado e enquanto eu tentava funcionar o carro, começou uma chuva de insetos. Tal qual nas pragas do Egito (da Bíblia).
Era insuportávelmente incomodo para respirar, mas não feria nem haviam insetos peçonhentos. Lembro de cobrir a cabeça com um pano e assim respirar normalmente.

Depois disso não lembro mais e o sonho muda para um clube. Eu estava na piscina olímpica, competido com os melhores do mundo. Eu nadava com eles, não ganhava, mas estava sempre próximo, entre os três primeiros. Tinha muita gente e a televisão.

Depois da piscina, eu encontrava Prik. Ela estava com Nat. Parecia ser o mirante de Santa. Elas estavam combinando sair e seguiram descendo a rua. Eu fiquei olhando la de cima e notei uma confusão. Quando desci para ver, entrei em uma obra abandonada onde haviam muitos mendigos e marginais. Eu cumprimentei eles e perguntei de Prik. Ninguém sabia e então eu saí para a rua. Lá, eu ouvi os gritos dela mais abaixo, na porta de uma casa onde encontrei ela, Nat e um monte de amigas delas. Prik me disse que um micróbio tinha agarrado ela e cortado seu cabelo. Estava curtinho, na altura das orelhas. 

Nós corremos para a construção abando nada, o micróbio estava na porta com seu artesanato de durepox, era o mesmo micróbio argentino que vaga perto de casa, enganando as pessoas. Quando o vi, tive muita raiva. Agarrei ele e perguntei porque ele fez aquilo. Ele disse que tinha vendido o cabelo e eu acordei.

8/31/2015

Eu sou, eu fui e sempre serei favela

8/28/2015

Nada me faltará

Sonhei que xuxu me chamava para conversar. Eu encontrava com ela no metro. Tatá estava com ela, ele não estava feliz. Eu tão pouco, pois não queria estar lá. Ela não se importava, agia naturalmente. Descemos à plataforma, o trem chegou. Tudo foi lento, eterno. Ele embarcou, enquanto eu estava sentado no banco em outro canto. Ela veio e subimos para a rua. Havia esteiras em vez de escadas rolantes. Não lembro o que conversamos. Era uma estação diferente. Lá fora, não lembro mais de xuxu, mas Eu não estava só...

Pelas ruas da Arthur Alvim da minha infância
Fugindo a pé, mas sem conseguir correr muito
Aqueles que nos caçavam eram 2
Não eram deste planeta ou plano astral
Eram gêmeos
Eram idênticos
Eram pequenos como crianças
Eram feios temíveis
Eram maus
E vinham atrás de nós
De repente me separei
Dobrei à esquerda, descendo para a rua 1
Na esquina havia um comercio aberto
Eu não conseguia mais fugir
Só um dos seres veio à mim
Ele me amaldiçoou
Eu respondi: o Senhor é meu pastor, nada me faltará
E peguei uma trena no comércio e com ela bati no ser
e acordei...

8/25/2015

Histórias tristes...

Semana passada chegou aqui comigo um comunitário de lá... bem longe... lá do Cumaru... distante, nesta época do ano, no mínimo 36 horas de barco.
Pois é... o Sr. Tomas veio para perguntar se eu sabia como funciona esse negócio de empréstimo no INSS. Conversamos bastante e eu orientei que ele voltasse ao Banco.
Depois de muitas perguntas e um vai-e-vem ao Bradesco e à uma Agência Promotora, filiada ao Bradesco, ele voltou comigo, ainda mais chateado que antes. 
Sr. Tomas não entendia o que diziam para ele.
Por isso, hoje eu fui ao Bradesco, para acompanhá-lo e tentar ajudar a compreender o enrosco.
Sr. Tomas não tem uma conta corrente. Ele tem uma conta benefício. Por isso, o empréstimo é feito via INSS.
No Banco, descobrimos que não resolvia, pois só a Promotora - trata-se de uma agência que faz empréstimos, filiada ao Bradesco - poderia resolver.
E lá fomos nós na Promotora.
Chegando lá, de cara tinha um cara que parecia cliente, desses que falam além da conta, viram seu amigo em segundos, querem saber da sua vida e tem resposta para tudo. 
Fiquei logo desconfiado.
Ao consultar o sistema, com a atendente, descobrimos que o Sr. Tomas tentou realmente fazer um empréstimo, mas o INSS bloqueou, pois já haviam dois outros empréstimos nome dele, sendo um de quase R$ 500,00 e outro de quase R$ 7.000,00.
Descobrimos também que, quando uma pessoa tem um empréstimo, ela pode refinanciar. Era o que estavma tentando fazer com o Sr. Tomas.
Acontece que ele não sabia e nunca recebeu esses quase R$ 7.000,00!
Pior! Tentaram refinanciar um empréstimo antigo que ele havia feito há muito e que, já havia pago mais da metade das parcelas, porém sem explicar para ele como funciona.
Acontece que o saldo que faltava ele pagar do empréstimo antigo estava em aproximadamente R$ 3.000,00. Ao renegociar, o "esquema" é feito em cima do valor total (aqueles quase R$ 7.000,00) e, pasmem... as prestações, juros, etc. tudo é feito com base no bruto original que ele já havia pago mais da metade!
Resultado? A dívida dele, ao final das 72 parcelas que começaram a ser pagas em janeiro/2015, totalizaria mais de R$ 13.000,00!
É importante ressaltar que o Sr. Tomas é realmente um Senhor que em idade já deveria estar só curtindo a vida, mas não... ele é um Senhor humilde, honrado e que a vida toda trabalhou e trabalha duro até hoje! Muito mais que essa raça de parasita que destrói nossas vidas! 
Eu aconselhei ele à cancelar o empréstimo, ir ao INSS, descobrir o que está acontecendo e acionar o advogado do Sindicato. 
Essa é uma história triste, a história do Sr. Tomas e família.
Hoje, antes de me despedir deles, combinei de ir amanhã no STTR e disse para uma das filhinhas dele começar a aprender para ninguém nunca enganá-la.

Essa é uma história triste... a história do Sr. Tomas, mas não é a única história triste.

Agora vai começar a minha história triste...
Eu trabalho com ATER, talvez vocês já estejam cansados de me ouvir dizer isso.
É um trabalho lindo que eu amo. 
Imagine só você, se é ou não é um trabalho importante?
Talvez outra pessoa ajudasse o Sr. Tomas, mas não foi outra pessoa. Eu estou ajudando ele, porque meu trabalho é assessorá-lo. A ele e outras 278 famílias da área mais isolada da RESEX Tapajós Arapiuns.
A tristeza do meu trabalho está na falta de compromisso do Governo (de forma geral, sem menção a partido, esfera ou corrente ideológica), que acredita que dizer que foram investido milhões em ATER é o mesmo que realizar ATER.
É muito provável que eu seja obrigado a abandonar este trabalho.
Aqui esta a minha tristeza... ter que abandonar este trabalho que eu amo e que me faz uma pessoa melhor.
Isso talvez aconteça porque eu não tenho mais dinheiro para me manter, perante a incompetência e o descaso do INCRA (lembrando que o INCRA é uma organização e não uma pessoa, muito menos setores) em assumir seu papel.
Tudo bem eu ficar triste... afinal de contas eu sou o cara que briga com todo mundo... o cara que não fica quieto perante o abuso ou descaso dos parasitas... Talvez assim será até melhor, pois sera um chato a menos para cobrar o certo.
E talvez o Sr. Tomas consiga alguém melhor para ajudar a resolver seus problemas, pois eu, por mais que queira ajudar e tenha nascido para fazer essas coisas... infelizmente, caso a ATER não funcione, novamente, como deve ser, eu não poderei mais fazer isso.

8/18/2015

Metade dos fatos

Meia verdade
Meia história
Meia mentira

Tudo é fogo de palha
De meio julgamento
Fique atento

Como disse a poetiza
É bom desconfiar dos bons elementos

8/16/2015

Há muito que as coincidências me navegam e eu, singrando os dias, sigo sangrando meus demônios, imolando incerta pouca sorte e amaldiçoando tamanha insatisfação. 
Lamentar é o exercício de fixação do meu aprendizado e eu, como bom aluno, lamento amargamente os descaminhos das coincidências... do destino... e assim vou administrando minha diminuta alma.
Não significa que o aprendizado seja suficiente para curar ou não... hoje aprendi que não significa nada, pois coincidências são como os dias que renascem a cada giro no próprio eixo. Um dia faz Sol, noutro não.
Mas nem só de desgraça vive a alma. Tão certo como o dia e a noite, há demais alegria entre tristezas que arrisco balancear em pé de igualdade com as desgraças... quando é bom a gente esquece e quando é ruim a mesma gente padece.
E o final de semana foi assim... cheio de coincidências interessantíssimas, mas a mais especial foi de um rosto conhecido, da infância, que há muito eu não via.
De prima eu não conheci e aí veio a voz que me aconselha e disse o nome. Eu olhei, pensei... será?
Pois era ela mesma e foi assim uma avalanche de boas lembranças.
No dia seguinte estava eu adorando A Sol e pensando em como O Vento é bom e que com ele eu deveria praticar o kite surf, que eu sempre curti, sempre desejei e nunca realizei.
Depois, quando fez noite, descobri a que figura da minha infância, que há no mínimo 23 anos eu não via, é instrutora de kite! Demais!
Aí foi bom e assim esqueci a amargura do meu fel.

:)

8/15/2015

Tempo rei

Impossível lutar contra a natureza
Impossível aceitar a rejeição
Impossível agir normalmente
Impossível fingir insignificância

Impossível voltar no tempo
Impossível apagar
Impossível pagar para subir ao Olimpo
Impossível Ser diferente

Sonhar dói
Acreditar decepciona
Coincidências enganam
Tempo rei ensina
Queria eu ser Akira
Tão fácil se perder
Há motivo
Emotivo
Peba sincero Ser
Hipnótico insignificante
Iludido pelas dunas turquesa
Dos oceanos
De desejo sem fim
Desgraça
Vai demorar para apagar
...

Difícil Set

Queria eu ser Akira
Tão fácil se perder
Há motivo
Emotivo
Peba sincero Ser
Hipnótico insignificante
Iludido pelas dunas turquesa
Dos oceanos
De desejo sem fim
Desgraça
Vai demorar para apagar
...

8/14/2015

DESEJO DORMIR OUVINDO A CÉU CANTAR NO PÉ DO MEU OUVIDO...

8/10/2015

Já me disseram que sou especial... Também me disseram que eu sou bom cozinheiro, bom jardineiro, bom dj, bom com crianças, bom com as artes, bom em improvisar, bom em consertar coisas... enfim... com uma porrada de coisas.
Várias vezes me disseram que meu corpo é quente e que sou bom em sexo... me disseram isso muitas vezes... algumas vezes me disseram que foi a melhor experiência que já tiveram. Ressalto isso pois é marcante em minha vida... o sexo.
Além dessas coisas que dizem, tem as coisas que eu penso de mim.
Eu sou bom em escrever, pois gosto... tenho prazer com isso. 
Também sou bom em fazer pipa e cerol. Sou bom em cortar e aparar. 
Sou bom em dar conselhos, afinal, falar dos outros sempre foi fácil.
Sou bom em plantar coisas... já  plantei muitas coisas com sucesso... inclusive coisas que muitos não conseguem.
Sou bom em colocar as pessoas nos devidos lugares.
Sou bom em ser chato com alguma situação que quero influenciar.
Sou bom em falar as verdades e jogar merda no ventilador.
Sou bom em ser honesto.
Sou bom em não mexer no que não é meu.
Sou bom em cantar... não que minha voz seja boa para isso, mas gosto de cantar e isso pra mim é bom.
Sou bom em ajudar e servir, pois isso me da enorme prazer.
Enfim... também sou bom em ser ruim... sou ótimo nisso. Não se iludam comigo, porque eu não sou flor que se cheire quando eu não quero ser.
E hoje eu preciso ser ruim comigo mesmo. Preciso desacreditar nos sintomas e fatos que a vida trouxe à mim e que me trazem prazer e perspectivas boas.
Hoje preciso desacreditar do futuro, das "coincidências", que sempre acreditei e que sempre me conduziram.
Hoje começa uma mudança de paradigma que na largada já me dói, mas que vai doer ainda mais para ver se eu aprendo a crer somente no que vale a pena, porque na real eu sempre acreditei em fantasias.

Eu não durmo tranquilo e não devo
A cor do meu céu, acordo e vejo variado
A condição é a oportunidade, na floresta ou na cidade
E há necessidades merecedoras de intensidade
No uso e exploração
No abuso e na bagunça
Nas justificadas prestações de conta
Na música e na festa

8/09/2015

Sem reciprocidade, amar é o que tem de pior
Não existe incondicionalidade que amenize
Falácia da entrega e doação
Falácia da submissa reciprocidade

8/08/2015

Estamos vivendo Babilônia
Mas Deusas e Deuses nos abandonaram

À nossa própria sorte
Somos nós Deusas e Deuses
À nossa própria sorte
Somos nós eleitos e eleitores
À nossa própria sorte
Somos nós juiz e réu
À nossa própria sorte
Somos nós inferno e céu

À nossa própria sorte
Somos nós cura e doença
À nossa própria sorte
Somos nós ladrão e polícia
À nossa própria sorte
Somos nós capital e social
À nossa própria sorte
Até que a morte nos aparte

Estamos vivendo Babilônia
Onipresente e globalizada

8/07/2015

A fé que te convém...


Parentes,

Jamais esqueçamos que em nome da fé, as religiões e as coroas exterminaram centenas de milhares de pessoas, extirparam crenças ancestrais, estupraram mulheres, saquearam madeira, metais e terra, apagaram o que foi possível apagar das lembranças, derrubaram construções para construir outras no exato local onde as antigas estavam... com as mesmas pedras sagradas...
E hoje tu me vens com essa história de missionário? Catequizado? Cristão?

Por isso tudo eu lamento!

8/01/2015

Deixar o vento Ser, que leva
Sem contrato, por destino
Sem rumo, por sorte

Então que seja
Ou não
Quem sabe?

Poder moldar à vontade
Pode não Ser real
Privilégio descarte 

Se é justo? 
Pouco importa justiça!
Perante tamanha grandiosidade

Destino ou sorte
Da ampulheta do tempo
Infinitamente grande

Perante coração pequeno
Tão apegado e preso
Ao que nem sequer sabe

7/29/2015

Cidade do sonho

Estou em Cuiabá!
Faz muito desde a ultima vez que estive aqui, parece tudo novo...
Nem tudo, pois ontem eu vi um dos lugares dos meus sonhos.
Foi incrível!
Um sonho realizando, palpável...
Não sei o que será, tenho mais dois dias e estou atento.
Vejamos o que o destino desenha em meu rumo.

Espera

A esperança é uma tortura
Poderia ser mais fácil
Poderia nao... Pode!
Pena não haver sorte
Talvez tudo ja esteja resolvido
E preocupar não seja mais preciso
Mas de talvez em talvez
A esperança é a ultima que morre

7/28/2015

Visagem de noites em sonho

Saudade tem cheiro e forma
tão palpável quanto o desejo
Presente visagem das noites
em sonhos de vontades

Onde estará minha inspiração?
Onde estarão aqueles olhos hipnóticos?
Onde estará aquela voz acolhedora?
O que será que fazes agora?


7/10/2015

TI MARÓ

A árvore cai
O estado apoia
A balsa desce carregada
As comunidades assistem
A fiscalização não vem
A cabeceira seca
A chuva enfraquece
O rio não sobe mais
O peixe desaparece
A fome cresce
A árvore cai




7/09/2015

Compartilho carinhos grátis
com interesses libidinosos
de reciprocidade e entrega

Troco sentimento cru
Por sinceridade
de abraços e beijos

Aguardo sorte
que a brisa do destino
para longe de mim carrega

Lamento a dúvida
que sempre se apresenta
na hora e lugar errados

6/29/2015

Inesperado

Sinistra lembrança, do nada... 
agora pouco...
Pareceu que novamente eu estava lá...
O Lago Azul, o dia lindo, a sensação e a queda, as meninas, o menino...
Que louco isso. 
Não era para ter acontecido... não mesmo...
Lamento não ter feito nada para evitar. 
E a lembrança, de quando em vez, retorna e eu tento impedir a queda, mas sempre caio junto para o buraco da cachoeira.
Eu sempre me assusto, quando recordo e imagino um outro desfecho.
Sempre me dá um frio no coração.
Esteja em paz Tati.
Se ansiedade matasse, eu já teria reencarnado várias vezes hoje.
Loucos caminhos são esses misteriosos viveres.
Vai entender...
Quando não se espera vem.
Quando se procura, nem rastro tem.
Aguenta coraçãozinho 
:)



Uma pedra, uma nave e uma base

Esta noite fui para um lugar que parece muito com a zona sul de Sampa, estilo mar de morros da periferia, com muitas casas e alguma floresta. 
Não lembro o contexto, mas foi muito real.
Havia uma base militar escondida embaixo da terra, não lembro o contexto, mas aconteceu muita coisa entre eu, uma outra pessoa e um agente federal que nos acompanhava pela base.
Em determinado momento, o chão tremeu. Eu nunca senti terremoto, mas posso dizer hoje que sei exatamente qual é a sensação pois senti perfeitamente o descontrole que é tentar se equilibrar.
Neste momento eu disse para quem estava comigo, ar deveríamos correr para fora, e assim foi...
Lá fora, bem. No fundo de um vale entre os morros da cidade, um buraco se abriu e dele uma nave surgiu subiu aos céu girando e parando em determinada altura.
Não sei porque, mas aquilo não era bom e, por isso, eu corri para encontrar uma sala de controleis  onde saia um raio, a partir de uma pedra que não lembro a cor.
Parecia ser o que mantinha aquela situação e não sei porque, mas aquilo não era bom.
Não lembro muito mais, mas foi intenso e acho que consegui pegar a pedra, depois de enfrentar algum perigo ou luta... Não tenho certeza, mas parece mesmo que peguei a pedra e depois acordei...

6/26/2015

Destino

Nada mais perfeito que o sonho
Com todos os adereços
De estrelas cadentes em junho
E galerias em igarapés ao relento

Tão grande é a sorte
Tão longo é o dia
Quando há oportunidade 
De volúpia e alegria

Nada melhor que o susto
De um amor esquecido
Da companhia inesquecível
De um carinho infalível

Tão pequena é a rede
Quando se busca o infinito
Tão apertado é o nó
Que regula a guia do destino

6/12/2015

Reviravoltas

Revira em voltas meu coração 
Com ansiedade como há muito não 
Mas me falta a sorte do tempo certo 
No lugar que desejo e espero 
E espero há tanto... 
Tanto que nem lembro 
Tanto que me esqueço 
E vou assim querendo 
 Parece perfeito demais este caminho 
Para mim que descarrilho 
E me espalho em trilhas 
Por onde quero tanto me perder

5/16/2015

Fofoca, mentira, confusão e surpresa

Fofoca é guia num oceano de desentendimentos
Confusão é inocente e contamina
Mentira é desejo não correspondido
Surpresa é multidão que cresce e engorda 
Gente que sabe de tudo
Gente que apenas sonha
Gente sem motivos
Gente atoa




5/08/2015

Visita à outro planeta

Sonhei que sobrevoava outro planeta. Era lindo, com céu.azul, como na Terra, com montanhas altas e agua. Lembro.de um vale com vegetação onde seres que pareciam cavalos pastavam. Parecia que eu conhecia o lugar porque eu estava guiando alguém.e passava de proposito ali porque sabia que tinha aqueles seres e queria mostra-los. Depois lembro de um lago e dentro de um lago e dentro dele dois tipos de seres. Um parecia um polvo humanoide, branco e o outro uma espécie de pato em corpo de macaco, sem as penas, meio molusco... Muito diferente.observamos ambos dentro da água, nitidamente. Por um.instante parecíamos perder o controle da nave que neste momento tenho certeza que era um helicóptero, e que desceríamos na agua. Ao aproximarmos da agua os.seres começaram.a se aproximar de nos em atitude amistosa, mas tivemos receio, conseguimos controlar e subimos novamente. Eu era o piloto. De repente, apareceu uma.cidade igual uma cidade da Terra. Eu me espantei e disse ao meu acompanhante e ele respondei que sim com muita certeza como se isso não fosse surpresa. Parecia que so eu não sabia disso. Tivemos um problema no voo, eu bati em um fio e tive que descer na rua. Havia uma banca de jornal, nos descemos e neste momento parecia.que estacionamos como um carro em uma rua. Saímos do nosso transporte e caminhamos pela calçada ate a.banca de jornal. La em frente saiu uma loirinha linda que me perguntou sobre o nosso transporte. Ela.parecia estar aprende do a pilotar r usou a expressão "guardar" referindo-se a hbilitaço pra pilotar. Eu parabenizei, dei um tapa na bunda dela e ela fi ou feliz. Ai eu acordei...

4/04/2015

O universo conspira a meu favor, pena que minha rocha é tão dura.
Bom que na luta contra o mar, pouco-a-pouco desprendem-se os grãos de mim...
Se adiantasse quebrar, já teria explodido meu mundo, mas não... seria pior... uma porção de mim's por tudo.
Até quem me tratou à chicote e cala a boca, hoje me diz o contrário.
Logo agora, quando mais do que nunca, estou convencido que o peso dos lados equilibra a balança.
Tomando a lição, o melhor é lapidar a rocha, fazer das pontas curvas e da brutalidade hostil, arte aos olhos alheios.
Assim pode ser melhor para re-estabelecer o equilíbrio e trazer paz ao meu coração.


3/25/2015

Será mesmo importante?



Você não sabe
Eu não sou Funcionário Público
Mas trabalho para você
E todos que você conhece

Trabalho para a sociedade
No Brasil sou brasileiro
Por intermédio do Famigerado INCRA
Coitado...

Coitado nada
Não tenho dó
Coitados nós
Sim! Coitados de nós!

Cada um de nós
Mesmo quem mora longe
Como entre o Arapiuns e o Tapajós
Não importa de onde

É tudo igual
Considerável parte
De esforço de trabalho
Por imposição se perde

Desse importante trabalho
Será mesmo importante?
Desse esforço honesto
Será mesmo importante?


3/08/2015

Fazia tempo que eu não voltava àquela cidade
Fazia tempo que eu não sonhava
Mas noite passada aconteceu
Eu voltei para onde o mar entra na cidade
Na parte da colônia, onde as casas e as ruas são de pedra
E as ondas enormes invadem  as ruas no fim de tarde
Estava com Pai, Mãe e mais alguém
Era uma guia que explicava coisas
Fatos históricos e curiosidades
Espalhados por toda parte
Quando as ondas já estavam invadindo
Íamos descendo a rua no carro
Quando vi o perigo das ondas
Gritei ao meu Pai que parasse
Ele parou perto
No limite da água com a rua
Em cima as nuvens passando
E de repente em uma delas aconteceu
Abriu-se uma porta r lá de dentro
Apareceu o Buda
Olhou para baixo e pulou na onda com sua prancha de surf...


2/23/2015

Hoje me interpelaram sobre amar
Fiquei pensando nisso a manhã toda
Sobre amar os amigos com um amor abundante
Mas eu não amo todas as pessoas
Mesmo entre amigos
Não amo todo mundo
O amor em mim é raro
Não acontece assim fácil
Por mim tudo bem
Cada um tem seu jeito
Por mim, respeito
E não acho o fim do mundo
Mas sou capaz de ter amigos e colegas
Uma coisa diferente da outra
E posso amar quem eu nem conheço
E gostar muito, sem amar quem está comigo
E posso nem conhecer ou me importar
Com quem quer que seja
E mesmo assim, por algum motivo
Posso me doar, sem amar, para ajudar em algo
Outro dia eu disse em uma reunião
Que não se trabalha só por amor
É impossível nos dias de hoje
Não consigo imaginar só com o amor
transcender as barreiras do individualismo

Será que sou mais feio por isso?

1/14/2015

A sol se pos ao norte

Nao se sabe quando
Não se sabe onde
Ao pôr do sol
A Terra girou para o sul
E Sol se pôs ao norte

Estranho foi
Foi o fim
Triste
Mas foi assim

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