1/26/2011

Constante

Constantemente tenho a impressão que estou perdendo o precioso tempo que me resta, aqui nessa Terra, com coisas sem sentido que sugam meu intelecto.
A rotina de trabalho nesse sistema sem sentido enlouquece até os mais serenos. E eu não sou assim tão sereno como vocês pensam.
As vezes os seres que me habitam, exigem uma rebeldia bélica ou um chingamento sujo... uma cuspida no prato, aquele prato em que comi ontem. O cuspe é meu, que mau há nisso?
Trata-se de uma vontade essencial, o anseio de uma liberdade inerente às obrigações sociais da carne.
Trata-se de algo muito maior que a mesquinhês e caretice de toda essa gente que somos.
Trata-se de um tratamento de realidade, uma dose de vitalidade e um trago de anarquia.
Trata-se de uma faca enferrujada que rasga as entranhas dessas regras injustas e liberta os demônios da animalidade e concede a terra gratúita que você tem o direito por ter nascido aqui sem ter opção.
Trata-se de rasgar dinheiro na rua, queimar a bolsa de valores e as plantações de soja.

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