12/10/2010

Esta noite tive sonhos intranqüilos...

10/12/2010

A máquina pública articula seus tentáculos, enquanto aguarda o resultado. 

9/23/2010

Plínio


Eu critiquei bastante o Sr. Plínio do PSol, por causa de sua postura no primeiro debate.
Quem tem a oportunidade de participar de um debate em rede nacional, deve ter a seriedade por obrigação.
Naquele debate ele não foi sério.
Hoje de manhã, assisti uma entrevista  com o Plínio e gostei.
Ele foi sério, consciente em suas palavras e deixou clara sua posição mais socialista, que o modelo atual.
Gostei de imaginar uma vida mais "Estatizada" em benefício da coletividade, do bem estar comum.
Apesar do idealismo socialista, Plínio ainda fala em estatizar para o Desenvolvimento.
Não defendo nem rejeito o Sr. Plínio.
Sua postura me fez refletir...
Será possível administrar uma nação sem participar da onda Capitalista?
Da forma como vem sendo feito, nosso país parece mesmo é uma empresa.
Se é assim, eu sou um acionista e não concordo com a forma como estão me representando nessa empresa-país.
 Porque tenho que me contentar com o mínimo?
Quero o ótimo!
Ótimas escolas, ótimos hospitais, ótima comida, ótimo transporte público, ótima tecnologia...

9/13/2010



Uuuuuuuuuuuuuuuu...
Vulto derruba saco plástico
Fumaça de incenso incessante 
O plástico sob a sombra da fumaça
Parece "espríto" esvoaçante
Graça de um ventinho matreiro
Assopra o sopro esfumaçante do incenso
Espalha o susto nos desavisados
E engana os vizinhos quanto ao cheiro

9/07/2010

A bicicleta e o videogame


Não faz tempo, o sonho de qualquer moleque era a tal da bicicleta. 
Naquela época, São Paulo era como uma outra cidade, distante de sua periferia. Isso era tão evidente que dizia-se ir à "Cidade" quando era preciso ir ao centro.
Também naquela época o céu era salpicado de pipas e de balões que acordavam as pessoas com uma salva de fogos de artifício, nas manhãs de domingo.
Esse tempo passou, hoje tem poucas pipas e passar cerol é proibido, soltar balão é crime e andar de bicicleta pelas ruas é uma aventura perigosa.
Na televisão, os programas de criança dão videogames e não mais bicicletas.
Eu tenho saudade do tempo das pipas, dos terrenos baldios, do caminhão da troca, dos carrinhos de rolimã e de brincar na rua. 
Sinto muito pelas crianças de hoje, que não tem nem a percepção de como era boa a liberdade de pedalar, por exemplo, do bombeiro da Cel. Luiz de Faria e Souza até o Metro Conceição e voltar, sem correr o risco de um atropelamento.
Acho até, que um dia os videogames simularão essas brincadeiras, já que muitos não saem na rua para fazer essas coisas.
Eu adoro videogame e acho que seria muito legal soltar pipa ou brincar de esconde-esconde virtual, mas acho muito ruim quando essa vida fechada nas paredes das casas substitui a vida real, nas ruas.
As crianças precisam respirar o ar das ruas e sentir o vento, o calor ou o frio. Elas precisam estar preparadas para cair da bicicleta e se recuperar dos arranhões reais da vida real.

9/02/2010



Sendo bem "conciso" e "adulto", como gostam os filhos de meretriz, em especial um a quem reservo ódio como bom prato no Tempo certo, declaro que nada mudou e que isso é motivo de descontentamento.
Tudo a nossa volta muda, cresce, evolui e segue com a influência do passado. 
É inegável que construções pretéritas, mesmo em ruínas e inabitáveis de gente, ideias, ideais ou fatos, influenciam o presente, portanto não se pode simplesmente esquecê-las como se nada tivesse acontecido.
Tanto choveu que a pedra gastou suas propriedades minerais temperaram o solo e depois os mares. Isso acontece no Tempo, que é um Deus de Nossa existência.
Só o Tempo será capaz de nos vendar os olhos para o passado, mas nem o Tempo será capaz de transcender histórias que se repetem.
Essa é a travessura dos sentimentos Perpétuos, que tiram o véu do esquecimento quando o passado se renova.
Nem o tempo e nem ninguém irá me fazer esquecer ou mudar do nada, principalmente se o nada não mudar ao redor.
A construção é mútua, enquanto nada muda, tudo permanece igual e mesmo depois de consolidada a ruína, pode-se reconstruir em réplica perfeita, tudo novamente...


8/30/2010



Este corpo não me pertence
Eu não pertenço a este mundo
Este corpo não me pretende
Eu não pré-tenso este mundo
Este corpo não me percebe
Eu não percebo este mundo
Este corpo não me precede
Eu antecedo este mundo
Essas lembranças me perseguem
Me prendem ao corpo e ao mundo

8/25/2010



A Lua louca e amarela, esparramada em luz na água
Alumia o pó pó pó, que sobe lento o rio mar


Sem fim, cristalino espelho d`água
Reflexo das estrelas cintilantes e desavisadas


Luz e água, misturadas em ondas até a praia
De areia "finhinha" e vistosa em bolhas misturadas



7/30/2010



A inércia é o rastro e o vácuo é o tudo
Da brasa observa-se, enquanto passa o tempo
Seria cruel intervir ou deixar rolar?
Cada um decide por si e assim deixa estar
Quem conduzirá, senão o timoneiro?
O óbvio, também a corrente e o vento!
E tem pedra do caminho e buraco do chão
Que não pertencem ao desaviso tropeção
Mas são e não salvos os fins
Do meio termo entre o aqui e o ali
Em si é presente o choque
De um eminente futuro em cheque
Até ai, tudo bem a ilusão do tempo
Na inércia do vácuo e do esquecimento

6/29/2010


Novamente, hoje de manhã, um sentimento tomou conta de mim e me levou para longe, enquanto eu fazia outras coisas. Foi como viajar pelas realidades e pelos parênteses por entre os relatos, os contos, os fatos, as mentiras, meias verdades ou falsidades, foi como ver além do véu com que a astúcia inocente tenta cobrir os olhos que ela não pode ver. 
A hiperatividade, o desvio de atenção e a simples distração foram carimbadas pela técnica e pela ciência como doença e portanto, merecedoras de cuidados e tratamento.
Acredito que muitas pessoas de fato precisam de tratamento, mas outras merecem atenção e ensinamentos, pois longe de estarem doentes, essas pessoas são portadoras de um dom.
É assim a dádiva de ver mais do que os olhos, e de ouvir além do que a falsidade das línguas cospem.
As vezes a própria visão nos engana, mas na maioria das vezes o que acontece é que não sabemos traduzir os enigmas e travessuras do inconsciente.
Ser consciência é mais complexo do que se imagina. 
A complexidade é tanta, que favorece infinitas interpretações e comportamentos.
As reações podem ser infinitas, por isso não engane, pois assim você está enganando apenas a si e a mais ninguém.
O carinho, o amor e a bondade sim, com certeza são ótimos para "levar a vida" e ensinar ao próximo uma forma mais "correta" de ser, mas isso não é tudo e esconder os sentimentos pode refletir como um espelho tudo o que está guardado.
Se você dá conta de receber a energia e catalizar, perfeito! 
Mas a maioria não dá...
A vida não é só alegria, por isso não se iluda e tão pouco iluda um inocente ou um culpado.
O inocente pode sofrer e o culpado pode machucar, e no final das contas a reação ou o reflexo dos nossos atos pode voltar-se contra nós. 

6/12/2010



Eu substituiria "desenvolver" por "evoluir" e "sustentabilidade" pelo "óbvio".
Sustentabilidade por si é sonho, portanto utopia
O óbvio é agora
Agora vivemos o sonho, a utopia
Nossos sonhos incidem diretamente no futuro
Cada passo dado ou cada paço erguido
Trazem uma carga direta de transformação do espaço
Cada árvore que cai, cada rio que seca
Trazem também sua carga de transformação do espaço
É óbvio que os reflexos incidem sobre nós, nossos filhos, nossos netos...
e por ai vai...
A ciência ainda não deu conta de transformar as utopias em realidades
A política não deu conta de garantir os direitos da vida
A justiça garante apenas os direitos de sua corte
Que irá garantir de fato o direito superior e intrínseco da vida?
Ninguém pede pra nascer nessa Terra que, querendo ou não é de todos
Todos tem o direito a sua terra, nasceu é seu
É dever dos nossos representantes sociais garantir esse direito e tudo o mais que queremos, pois o que deve imperar é nossa vontade
Nós mandamos e eles obedecem
Por isso são bem pagos, por isso tem tantos privilégios


LEMBRE-SE DISSO NA HORA DE VOTAR
NÃO VOTE NOS MESMO CORRUPTOS LADRÕES

5/28/2010



À primeira vista, do alto Manaus é Amazônia, mas ai você pisa no chão e vê que não.
Ela tem mais de São Paulo do que Brasília não tem de democrática e acolhedora.
As ruas desorganizadas de sua periferia, que é central, não dão boa impressão.
Mas construirão um estádio para a copa do mundo e tudo estará salvo!
Eu não acredito nisso.
Num país onde educação e saúde são supérfulo, e habeas corpus subterfúgio, um estádio novo para uma copa do mundo só pode ser uma piada.
Por isso as pessoas estão felizes, sorrindo e enfeitando suas ruas.
Parece mesmo é que mais vale um gol na tela - porque ninguém desse povo vai ter grana para comprar os ingressos - que uma escola boa para os filhos ou um atendimento digno no hospital ou um transporte público decente e humano.

5/20/2010



A MÁGICA SAPIENS
É A MÍNIMA PARTE
QUANDO COMPARADA
A MÁGICA SIMPLES
MANIPULAR SABERES
DE NADA ADIANTA
SE O SÁBIO NÃO ENTENDE
O QUE AINDA NÃO VÊ

5/14/2010


Pé de que?

Nem de flor
Nem de fruta 
Nem de óleo
Nem de folha

Pé de que?

De descanso
De conversa
De encontro
Pede sombra


5/13/2010



Eu sou o mesmo, diferente, mas o mesmo. 
Não há o que esconder, por isso expiro tantos sentimentos.
Quer saber de mim? 
Pergunte!
Eu respondo sem problemas, sem compromissos, natural e diretamente, o que você quiser saber.
A pergunta é, você da conta de saber?
Não vou viver as energias ruins do passado e quero saber a verdade para entender até onde posso mergulhar no infinito particular das pessoas, sem me machucar.
Tem quem não dê conta de responder perguntas simples, talvez por que ser verdadeiro pode não ser tão simples assim.
Tenho que aprender muito ainda, mas enquanto não compreendo direito essas coisas, preciso cultivar a confiança que perdi. 
É natural querer saber se o que os sonhos me contam é real, pois as vezes eles indicam um caminho incerto. 
Não posso me abrir de novo para ferir meus sentimentos.
Perguntas simples merecem respostas simples, sem rodeios.
Perguntas complexas também podem ter respostas simples e sem rodeios, desde que a resposta não represente nada de mais.
Agora, quando a resposta nos compromete, realmente fica complicado de responder, se temos medo de ferir o sentimento de quem a gente gosta.
Eu já me feri, quase me curei totalmente e não quero me ferir de novo, tão pouco viver incertezas e inseguranças pois é totalmente desnecessário. 
Já bastam as minhas incertezas e inseguranças.
Entender a verdade naturalmente será muito bom para viver em paz independente de qualquer coisa. 
Se a resposta fosse simples e não causasse constrangimento, seria muito fácil dizer o que passou.
Eu já passei por muito constrangimento, nós todos já passamos por isso... desnecessariamente.

5/10/2010



Contra minha natureza, tenho escondido sentimentos
Estava funcionando sem visualizar a alvorada
Até que a noite se fez dia e A Sol apareceu
De cima do muro não sei o que isso significa
Mas independente disso, me preparo para alguma decisão
Minha decisão, independente de qualquer coisa
O problema é que estou extremamente mexido por dentro
As vezes penso que ela não devia ter aparecido de novo
Noutras penso que é isso que quero
Hoje estou como o gado marcado
Escaldado pelo fogo do criador
Engordando no pasto
Enquanto chega a hora do abate

Cada dia a mais um dia a menos
Cada dia a menos um dia mais

5/09/2010

Ótimo estar em Sampa para a dose homeopática de monóxido, família, frio e balada.
Moderação é o lema, principalmente porque o trânsito e o tumulto são mega brochantes.
E tem bilhete único no sistema integrado do trasnporte coletivo.
Ao contrário do que acontece na Brasília que segrega seus habitantes.
Desde que me mudei para Brasília, há 5 anos, que leio o adesivo colado nos ônibus: "Brasília integrada "
Mentira!
Não há integração, o trasnporte coletivo é horrível, escasso e caro.
Mas Candango gosta disso, pois nunca ninguém fez nada para mudar a situação.
E assim continuamos esperando uma hora na parada do ônibus, por isso o preço da passagem de Taguá para o Plano é R$ 3,00, por isso não há metrô para a saída norte, tão pouco há terminal de ônibus, por isso o terminal da Asa Sul quase ninguém conhece e por isso o sistema de trasnporte coletivo do DF não é integrado.
E enquanto isso, os donos das empresas de ônibus faturam muita grana, principalmente pela conivência dos usuários em aceitar, sem questionar, o péssimo transporte público do Estado.

5/07/2010


Dormi amigo
banhei em álcool
afoguei lembranças

Acordei oásis
virei miragem
pra nunca mais

Dormi perpétuo
banhei em sangue
desejo e delírio

Acordei labirinto
intencionalmente
perdido




saudade não tem fim



5/06/2010



Hoje a tarde eu estava caminhando distraído quando percebi um monte de coisas voando bem alto.
Eram folhas, papéis e plásticos de toda sorte, soprados para o alto por um saci.
Foi muito legal porque no rumo do saci haviam 3 Paineiras enormes, todas floridas, cada qual com sua tonalidade de rosa do mais claro para o mais escuro.
Foi mágico quando o saci chegou nas Paineiras. Ele descabelou suas pétalas num rodopio, levando-as para o alto, muito alto no céu.
O mais incrível é que pareceu de propósito, pois ele foi exatamente no rumo delas e depois de rodar-a-baiana com as Paineiras, se desfez como se nada tivesse acontecido.


  

5/05/2010


É complexo e incerto o sentimento pinga-pinga na ampulheta do tempo
A pressão externa é a flecha certeira impulsionada também pelo vento
Os dias passam lentos, os tiros passam perto, tão incertos, tão perdidos
Os carros cortam vento, navalhas enferrujadas são o escudo dos cegos
Nesse balaio de gato escaldado nasce a alvorada etérea na metrópole
Conservada no monóxido do combustível fóssil que alimenta os sapiens
20 milhões de almas misturadas, no que já foi a jóia da Mata Atlânctica
Comendo o pão e o diabo, sovando os egos e mordendo os lábios
Sinto vontade de fazer tanta coisa da ponte pra lá
Sinto vontade de fazer tanta coisa da ponte pra cá
Sinto que cá e lá são e jamais serão a mesma coisa
Sinto mesmo que essa coisa é sempre a mesma merda
E Bicho Gaia se coça
E quando se coça se mexe
E quando se mexe a merda fede
E quando fede gente gosta, festeja e roça
Gosta tanto que goza, goza tanto que esquece o fato o ato e o pranto
Esquece tanto que só sente o tamanho do buraco, quando não tem mais jeito


5/04/2010


Tudo pode acontecer, mas essa alvorada eu juro que não esperava.
Por mais certa que seja a Sol ao leste, todos os dias, mesmo quando as nuvens de nata impedem o deleite da visão, eu não contava com isso.
Por maior que seja minha consciência, eu a desprogramei e anulei os dias, destituí a Sol do meu universo particular e cai na seqüencia de uma existência infinita, sem alvoradas e sem poentes, numa constante livre e sem rumo.
Agora a Sol nasceu, seus raios me aquecem e eu não sei o que fazer. 
Os astros rodeiam novamente a órbita como a água que desce pelo ralo, atraídas pela inércia dos fatos.
Não parece justo, eu nem tive tempo de argumentar ou de reagir e protestar, tão pouco tive o impulso de deixar que me guiem pela energia orbital.
Sem ação, cavalgo sem rédeas o vento que me leva sei lá para onde.


Que venha um novo dia...




4/30/2010


Jamais
em toda essa existência
cogitei tal situação
Desejei sim
muita coisa parecida
com esse destino doce
E nunca acreditei
no fato consciente
de um presente cultivado
No seio das vontades
no fogo da luxúria
e no divino pecado

4/29/2010


Se eu não escrever, não serei o mesmo, não pulsarei e nem viverei o perpétuo junto aos meus queridos irmãos e minhas queridas irmãs do sonhar. 
Sou um tipo muito raro, se eu parar nas distrações da confusão dos outros, serei apenas mais um que se confundiu com as confusões da louca vida. Perderei minha alcunha rara.
Alheio aos alheios ideais de céu e inferno, piso em terra firme, me afogo na lama, perco os sentidos e me resolvo aos céus e além.
Todos podemos ser assim, todos podemos ver o óbvio, mas nem todos podem aceitá-lo. Note que não é preciso provar nada à ninguém, nem para nós mesmos. Mas é preciso abrir os olhos para o óbvio. Todos são iguais e tudo sempre foi a mesma coisa.
Há experiência suficiente na vida, em nossa descendência.
Enxergar o óbvio por si não é exercício. Enxergar o óbvio por si é lembrar das vidas além das vidas e de toda a experiência anexa.
Escrevo nas folhas, nas paredes e no meu corpo e na memória do mundo, para que nunca esqueçam de pulsar o sonhar com a consciência de voar com as próprias asas, sem para-quedas.

Se joga


4/28/2010


A morena de Angola chacoalhou o chocalho no meu congado
Abalou meu regimento e distraiu minha sentinela
Temperou com vinho a noite bela
E foi por ai chacoalhando o chocalho que mexeu com ela


4/23/2010



Pela presente
Imponho versos ao ritmo frenético
Sem parar
Como quem chupa lânguidas ilusões de amor

4/21/2010



Ontem a vi, impávida e incolor
Nas sombras, no escuro
Vestida de tecidos negros
Triste de se ver

Passei como se não existisse
Ela desviou o olhar
Segui na minha paz
Sem me incomodar

4/20/2010



A superficialidade não é algo com que você se acostuma, pois não é legal ser assim.
Podemos nos tornar superficiais por conta de decepções sentimentais ou por traumas físicos e psicológicos.
Independente do motivo, razão ou circunstância, isso nunca será normal, pois junto a superficialidade em algum momento virá a carência da tristeza e as vezes da depressão.
Há pessoas, entretanto, que nascem com o dom da superficialidade proposital e consciente.
Eu sou assim, superficial quando quero e como quero, e quero que se foda!
:)
Como dizem no Pará:
Não quero nem saber quem pintou a zebra, eu quero é a tinta!
Estou feliz com este momento superficial, sinto se outras serão magoadas.... acontece.
Por isso tenham consciência de minha confissão para depois não reclamar. A reclamação será em vão.
Minha superficialidade não se traduz em desrespeito, pelo contrário, ela significa muito amor e carinho no momento superficial da fantasia passageira.
Nesse período minha superficialidade será sublime e dedicada à atender sem vínculos, todos os anseios alheios, mas depois...
So sorry baby...
Depois é tchau, beijo e me liga...
Talvez eu atenda, talvez não...
Nesses intervalos - entre uma ligação e outra - não fiquem bravas.
Aproveitar a superficialidade dos sentimentos, pode ser um exercício e um estímulo a evolução do ser.

Aproveitem-me!

Usem-me!

Namaste

4/19/2010

Vem pro cerrado
Vem pra cachoeira
Aqui a gente cura 
dor de amor e bagaceira
Vem pro planalto
Vem pro cristal
Aqui a gente tem
a energia natural
Nesse dia tão simbólico, fui acordado por uma índia bela que pintou meu corpo com o suor dos seus caprichos.
Ela marcou fundo na minha essência toda a herança nativa dessa terra que é nossa e que há de voltar para nossos domínios.
Eu sou um parente entre tantos que existem e outros vários que se esqueceram ou se perderam por ai, engolidos pela velocidade da vida moderna.
Estou marcado pelo sangue que corre em mim e que correrá sempre, mesmo quando eu partir. Estou marcado pela tinta das gerações que estiveram, estão e estarão para sempre dançando e lutando com seus maracás e setas afiadas.
Viva os povos indígenas, sua herança, seu passado, presente e futuro!

4/06/2010

Ontem redigi uma nota que representa o tamanho da tristeza que me atormenta. Fiz isso para externá-la, para extirpar o vínculo que tenho com esse sentimento. Acreditei que vomitando as palavras, poderia iniciar o processo de expulsar a dor, a raiva e o maldito amor.
Me enganei, não posso simplesmente apagar do nada um sentimento tão forte. E não devo fazer isso, porque faz parte de mim e cada um tem o que merece, nada além nem nada aquém.
As coisas são o que são e assim como o organismo metaboliza uma doença, metaboliza também os sentimentos.
Todos tem que passar por isso, não se pode evitar, faz parte do aprendizado para ser melhor.
Por isso vou mastigar essa dor até que ela dilua nos meus dentes, seja consumida pelo meu corpo e descartada.
Sim, é uma merda mesmo e quanto mais se mexe, mais fede. 
As vezes é preciso chafurdar na possilga para lembrar como as coisas são de verdade.

Dias melhores virão para todos e todas.

Namaste  

4/03/2010


OCUPE O ESPAÇO PÚBLICO!

4/02/2010

Acordei perdido
num labirinto de cabelos e látex
Com o ódio me guiando pela caatinga
de anéis-espinhos frágeis


O manto da noite ia à minha frente
era dia infante no meu calcanhar
E A Sol sobre negras e densas Nuvens
Não podia me guiar


Fechei os olhos, Elas me despiram
Abracei a Mãe e Ela me envolveu
Sua pele de hervas, águas, minérios, seres...
de Eu


Muito além dos 7 palmos
do ventre quente, senti a pele coçar
Acordei, espreguicei, levantei
e o labirinto já não estava mais lá


Formigas levavam o corpo que já fui
pelo amplo e vazio salão do sem fim
Enquanto que a curiosidade me guiava
pela imensidão do infinito, onde me perdi


Era demais para mim
mas eu ouvia calado a ladainha
E cada palavra parecia ser
exatamente o que me convinha 

Como se falasse ao espelho
tudo o que eu já sabia
Conduzindo meus sentidos
mas era Ela quem dizia 

Foi quando o amor e a paz me conduziram
até a soleira da porta de fogo
Não havia Sol nem Terra
Tudo era Um e Um era O Todo 

Luzes e cores espalhadas
explodindo felizes em ferozes gargalhadas
Me jogaram no oco 
da liberdade desregrada 

Era carnaval

4/01/2010

Soul
convencionalmente incomum
louco, dias trovão
noites cadentes
indecentemente chilli
pulsantemente pepper
depravadamente suave
mau e cruel, perdido e perigoso
amargamente doce
docemente céu
infernalmente gente
vividamente carinhoso
Bondosamente besta
Realmente sonhos

3/31/2010

A luta inicia
A Sol traz de volta à carne, o cerne, a essência...
A queda é certa e os olhos se abrem
Entre as aspas da realidade o interlúdio é pesado
Ansiedade e calor necessitam adaptar-se
A memória de sonhos não funciona
E a vontade de caminhar é mais forte
O trabalho chama 
Que venha um novo dia

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