5/04/2010


Tudo pode acontecer, mas essa alvorada eu juro que não esperava.
Por mais certa que seja a Sol ao leste, todos os dias, mesmo quando as nuvens de nata impedem o deleite da visão, eu não contava com isso.
Por maior que seja minha consciência, eu a desprogramei e anulei os dias, destituí a Sol do meu universo particular e cai na seqüencia de uma existência infinita, sem alvoradas e sem poentes, numa constante livre e sem rumo.
Agora a Sol nasceu, seus raios me aquecem e eu não sei o que fazer. 
Os astros rodeiam novamente a órbita como a água que desce pelo ralo, atraídas pela inércia dos fatos.
Não parece justo, eu nem tive tempo de argumentar ou de reagir e protestar, tão pouco tive o impulso de deixar que me guiem pela energia orbital.
Sem ação, cavalgo sem rédeas o vento que me leva sei lá para onde.


Que venha um novo dia...




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