5/05/2010


É complexo e incerto o sentimento pinga-pinga na ampulheta do tempo
A pressão externa é a flecha certeira impulsionada também pelo vento
Os dias passam lentos, os tiros passam perto, tão incertos, tão perdidos
Os carros cortam vento, navalhas enferrujadas são o escudo dos cegos
Nesse balaio de gato escaldado nasce a alvorada etérea na metrópole
Conservada no monóxido do combustível fóssil que alimenta os sapiens
20 milhões de almas misturadas, no que já foi a jóia da Mata Atlânctica
Comendo o pão e o diabo, sovando os egos e mordendo os lábios
Sinto vontade de fazer tanta coisa da ponte pra lá
Sinto vontade de fazer tanta coisa da ponte pra cá
Sinto que cá e lá são e jamais serão a mesma coisa
Sinto mesmo que essa coisa é sempre a mesma merda
E Bicho Gaia se coça
E quando se coça se mexe
E quando se mexe a merda fede
E quando fede gente gosta, festeja e roça
Gosta tanto que goza, goza tanto que esquece o fato o ato e o pranto
Esquece tanto que só sente o tamanho do buraco, quando não tem mais jeito


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