12/17/2007

sonho


...no primeiro sonho carros circulavam loucamente em estradas de alta velocidade, era noite e... eu matei. Não me lembro dos detalhes, mas tenho a certeza de forçar um acidente num túnel para que um homem morresse, na verdade não tenho certeza do lugar, ou dos carros e do túnel, porém o acidente aconteceu e eu fui o culpado, porém apenas eu sabia.

Acordei incomodado e fui ao banheiro, quando voltei, ao me deitar, foi como abrir novamente a porta do sonhar e assim mergulhar em outra realidade, onde o tempo não parou e a história continuava. Os personagens eram os mesmos porém o cenário era outro completamente diferente.

Havia uma casa com "pé-direito" bem alto... uns 12 metros, ao lado dela passava um rio que se dividia em dois por causa de uma barragem. As margens deste rio eram bem degradadas, o clima era úmido e havia muita lama.
Uma família morava naquela casa, eu não sei bem o que estava fazendo lá, parecia que eu não tinha vínculo algum com aquela gente, a princípio.
Não me lembro dos detalhes, mas o mesmo cara que eu acreditava ter matado no sonho anterior, estava ali vivo na minha frente e eu achava estranho pois ele devia estar morto, eu tinha certeza.
Eu não tinha nenhuma razão para matá-lo e ele parecia ser uma pessoa boa.
O homem desce em direção ao rio com um de seus filhos, para pescar no braço-de-rio mais próximo da casa. Eu caminhava por ali, e ao vê-los pescando sugeri que eles deveriam ir pescar no outro braço-de-rio porque lá tinha muito mais peixe, era certo que seria uma boa pescaria.
E assim eles seguiram para o outro braço-de-rio, enquanto que eu caminhava em cima da barragem. Derrepente, com o meu peso na barragem, ela cedeu soterrando aquele pai de família, matando-o novamente.
Fiquei muito mal com isso e novamente acordei.

Acordar foi como "suspirar um piscar de olhos", pois do mesmo jeito que acordei, dormi caindo novamente naquele mesmo sonho.

O lugar era o mesmo porém a família não estava mais lá. Tinha muita gente do meu trabalho e muitas queriam que eu fosse à uma festa, uma festa onde uma mulher me esperava, porém eu não queria ir, estava com uma sensação horrível de culpa, pela morte do pai de família.
Assim voltei para perto da casa, onde encontrei a mãe, os filhos (acho que eram dois) e o pai, o mesmo pai que eu matei duas vezes.
Tanto a mãe como os filhos não entendiam o que estava acontecendo, pois eles também sabiam que o pai estava morto. Foi quando percebi que voltamos no tempo, todos nós, voltamos para concertar o que estava errado, mas não conseguíamos falar ao pai que ele tinha os dias contados... quando tentávamos nada saída da boca, nenhum ruído sequer...
...era preciso lembrar quando e como aconteceu, e naquele momento ninguém conseguia se lembrar ou sequer comentar o assunto.
Estávamos todos na margem do rio quando o pai nos chamou para ver algo que ele havia encontrado.
Era um sarcófago egípcio, na verdade havia um sarcófago e outras coisas dentro do que parecia ser uma sala com pareces muito espessas e firmes, e que a força da água do rio havia desenterrado, derrubando o teto e mostrando seu interior.
Estávamos maravilhados com os segredos que poderiam estar ali dentro e ao tentar tirar o sarcófago ele quebrou ao meio liberando uma poeira e expondo seu conteúdo.
Imediatamente eu ordenei a todos que se afastassem para não respirar aquela poeira. Quando ela se dissipou nos aproximamos e entre outras coisas de dentro do sarcófago caiu uma pedra...
...eu a peguei e ao segurá-la com minha mão direita senti enorme energia, uma energia sem precedentes, foi uma sensação única que eu jamais havia experimentado, eu falava em outro idioma e gesticulava de com uma certa cadência, como se fosse um ritual... todos estavam impressionados e me olhando.
Foi tão forte que joguei a pedra ao chão e pedi que os outros a tocassem para ver se aconteceria o mesmo, porém nada aconteceu, na mão dos outros a pedra não passava de um pedaço qualquer de mineral sem valor.
Assim eu a peguei novamente e desta vez me sentei numa poltrona e ao me concentrar no poder da pedra percebi que era demais para mim, eu estava consciente, conversava em outro idioma e gesticulava como que num ritual muito importante.
A sensação era absurdamente forte, como se meus órgãos internos se movessem dentro de mim, como se uma força de gravidade muito superior ao que estamos acostumados na Terra passasse por dentro do meu corpo, meu coração estava acelerado e eu podia sentir o amargo da adrenalina na minha língua, milhões de frases eram despejadas numa velocidade sem precedentes, para dentro do meu cérebro e eu não conseguia assimilar.
Eu estava consciente e assim acordei...

Acordei incomodado e ofegante, com medo... e fui novamente ao banheiro, escovei os dentes e voltei para a cama...

...a porta do sonhar estava aberta novamente, para o mesmo lugar, a mesma situação... numa continuação da história viva onde eu era apenas um personagem. Os artefatos egípcios já não estavam mais lá, a família escondera tudo no forro de um galpão grande que eu ainda não havia percebido. Eles me chamaram para ver os artefatos pois queriam estudá-los, porém antes de ir eu peguei na face do pai com as duas mãos e disse a ele:
-Cara... por favor tenha cuidado nos dias 14 e 15 de junho. Nestes dias não se aproxime do rio porque se assim fizer, você morrerá. Quando a mãe me viu conversando com o pai ela se emocionou e veio em minha direção. Ela me perguntou se eu havia me lembrado eu disse que sim e ela emocionada abraçou o pai, as crianças fizeram o mesmo e num piscar de olhos já estávamos à caminho do galpão.
Ao entrar na sala onde os artefatos estavam guardados eles me pediram para segurar novamente a pedra...

...sentei na poltrona e tentei explicar para eles que aquele poder estava muito além do meu controle e que por isso eu não deveria mais tocá-la...
Acordei com uma sensação horrível, tentando entender o que aconteceu pois além da sensação enorme de poder eu estava consciente.
Eu estava lá e aqui ao mesmo tempo, porém eu não conseguia, ainda, controlar aquele poder, ou aquele sonho.

Um comentário:

Confusa, indecisa e irritada! disse...

cara acho q vc sonhou com uma vida passada, então não foi um sonho, na verdade vc se lembrou do que aconteceu!!

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