9/06/2012

Qual verdade te convém

Mentira la que manda
Mentira comanda
E o poeta segue
Rasgando o verbo na corte dos fanfarrões
Pois mais vale o dito que o não dito
Mesmo que for um único pingo, endêmico
Em uma sopa de letrinhas degradadas
Extinguindo nas mãos de um excelentíssimo
Que educadamente ignora seus malfeitos atos
Mas polidamente, sob a égide da justiça e da ordem
Proclama feliz seu decreto de boas intenções
É o inferno mesmo
Cheio de bombom e pão-de-ló
Recheado de amizade e lembrança
Lindo prenúncio do zodíaco
De amor
Até que a realidade cobra seu tributo
E o espelho quebra 
Enquanto a princesa penteia os cabelos
Sedosos do perfume de ilusão
De crer que 7 anos passam rápido 
De sentir-se cego mesmo enxergando
As letras miúdas dos contratos falsos de azar


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